Maria Fernanda
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   30.6.04  
Sou ariano torto
Vivo de amor profundo
Sou perecível ao tempo
Vivo por um segundo




Frases que tiram qualquer arino do sério
(ou só eu que me irrito fácil?):


1-" Você não vai conseguir." (Essa funciona como um desafio para o ariano que vai fazer de tudo para conseguir. E quer saber? A gente consegue)

2-"Para que discutir?" (No meio de uma discussão a pessoa com quem você está discutindo fala isso, é fatal)

3- "Me explica de novo como é que faz?" (A causa tem que ser muito nobre pra eu explicar novamente de boa vontade)

4-"Não sabia que você conhecia isso ou aonde você aprendeu isso?" (como que duvidando que você pudesse ter informações ou conhecer algo, isso mata a conversa)

5- "Não é o fim do mundo." (sim, claro que é o fim do mundo)

6- "Me espera 5 minutinhos."(surte o mesmo efeito se a pessoa falar, "me espera aqui parada 5 horas?")




   28.6.04  
Confesso:

Eu tenho medo de Copacabana.



   25.6.04  
Musa

Desde que eu li o Arthur Dapieve escrever pejorativamente e sem conhecimento sobre Miró eu comecei a implicar com o colunista. Isso faz algum tempo, eu estava na faculdade tendo mil aulas sobre Arte Moderna e Crítica da Arte e achei um absurdo um jornalista (ele é jornalista, né?), um formador de opinião, não ter o menor pudor de escrever asneiras (ele escreveu coisas do senso comum como, “os desenhos que Miro pinta eu também posso fazer”).

Porém, apesar desse contratempo, dependendo do título/assunto da sua coluna de sexta-feira, no jornal O Globo, eu o leio ou não.

Hoje o título era O Olhar de Scarlett. Claro que fui ler; afinal, ele é a minha musa do momento.

Scarllet Johansson longe de ser bonita e gostosa, chega a ser feia, ou para ser mais delicada, ela tem uma beleza um tanto quanto exótica. Nos dois filmes que eu assisti com ela, “Encontros e Desencontros” e “Moça com brinco de Pérola”, a atriz dá um show de discrição e delicadeza ou mesmo tempo que consegue deixar marcado na memória os seus personagens.

Sem falar na sensualidade, e é sobre isso que Dapieve discorre na sua coluna. Não é aquela sensualidade escrachada (é assim que escreve?), mas uma sensualidade sutil, pelo olhar, pela boca, pelo tom de voz, pelo andar.

Estou pensando redimir o colunista (como se ele estivesse muito preocupado com isso) de suas asneiras passadas, afinal olha o que ele escreveu sobre Scarlett:

“nas duas produções que estrelou em 2003, ela nos propõe uma revalorização da dimensão erótica do olhar”.

“de alguma forma, portanto, o prazer do olhar de Scarlett Johansson – e o prazer de olhar Scarlett Johansson – nos redesperta sutis áreas de percepção”.

(quer ler tudo? Compro o jornal ou clica aqui)



   24.6.04  
...

Eu juro, eu juro, eu gostaria de estar fora disso tudo. Homens sérios acordam apressados para o trabalho e correm para o centro da cidade, isso não é segredo. Quando eu escuto o despertador, ainda cedo, eu penso como tudo poderia ser diferente. Eu poderia ser uma eremita, mas isso não funcionaria, todo mundo sabe. Então eu me levanto apressadamente e corro para o centro da cidade. É estranho, tudo passa tão rápido e não tem como parar. Colocar a estante em ordem, comprar um lençol novo para cama, pensar em um novo corte de cabelo: por que não há tempo para isso?

Os fracos preferem não ver o pôr do sol, os fortes se julgam maiores que o sol, as crianças brincam enquanto há sol. E você, o que faz?

Procurei em vão uma palavra no dicionário que expressasse exatamente o que eu estou sentindo agora. Dentro da mente as coisas são bem mais complexas que nos livros, mas eu insisto em achar uma resposta neles.



   23.6.04  
Search

Ando procurando algumas imagens no google para colocar no meu fotolog. E o que eu acabei descobrindo nestas buscas é que não importa o que você esteja procurando, sempre haverá um cachorro ou um gato com o mesmo nome.



   21.6.04  
... às vezes sou tão ansiosa que chego a me engasgar com meus próprios pensamentos.




   19.6.04  
PARABÉNS CHICO!






   16.6.04  
Que livro você está lendo?

Antes de começar o post, confesso que eu achava que o escritor Ítalo Calvino fosse o mesmo Calvino da Reforma Protestante, Contra-reforma, aquela coisa toda de religião do século XVI. Pois bem, quando eu olhei a data de morte do autor, 1985, parei para pensar, fiz as contas (ainda me dei o trabalho de fazer as contas) e vi que não podia ser o mesmo cara. Superado esse contratempo, comprei um dos milhares de livros dele que ocupam as estantes das livrarias: “Se um viajante numa noite de inverno”.

O autor já no primeiro capítulo começa a dialogar com o leitor, e lista uma sérias de tipos de livros que o leitor deixou de comprar para poder ter comprado o que ele está lendo. Eu acho o máximo essa lista, por isso resolvi transcrever alguns itens aqui, são eles:

Livros que você não leu
Livros cuja leitura é dispensável
Livros para outros usos que não a leitura
Livros já lidos sem que seja necessário abri-los
Livros que, se você tivesse mais vidas para viver, certamente leria de boa vontade, mas infelizmente os dias que lhe restam para viver não são tantos assim.
Livros que tem a intenção de ler, mas antes deve ler outros
Livros demasiados caros que podem esperar para ser comprados quando forem revendidos pela metade do preço ou quando forem reeditados em coleções de bolso
Livros que poderia pedir emprestados a alguém
Livros que todo mundo leu e é como se você também os tivesse lido
Livros que há tempos você pretende ler
Livros que procurou durante vários anos sem ter encontrado
Livros que dizem respeito a algo que o ocupa neste momento
Livros que deseja adquirir para ter por perto em qualquer circunstâncias
Livros que gostaria de separar para ler neste verão
Livros que lhe faltam para colocar ao lado de outros em sua estante
Livros que de repente lhe inspiraram uma curiosidade frenética e não claramente justificada
Livro que você leu há muito tempo e que já seria hora de reler
Livros que sempre fingiu ter lido e que já seria hora de decidir-se a lê-los realmente






   13.6.04  
...

Eu não quero dormir.Pronto, vocês venceram. Ficarei aqui acordada durante toda a noite. Verei a noite ficar bem escura, de um pretume que traz medo. Mas ficarei acordada. De olhos bem abertos. Ouvindo todo silêncio e vozes que não sei de onde vem. Chegarei bem perto de estar só. Escutarei uma a uma torneira pingando. E cada pingo pingado terá uma história diferente. Criarei histórias para os pingos. Soletrarei seus nomes, mas em silêncio. Da minha boca, nenhum som. Da minha mente vários sentimentos. Engolirei a dor como quem engole água. Simples como água, que por costume, nem dor mais é. E da dor, transformada em alívio para sede, seguirei na noite. E caso algum barulho interrompa a minha escuridão eu ficarei alerta e procurarei a causa. E caso não encontre a causa, continuarei impassível a olhar o céu alto, bem alto.


E essa história da tocha olimpica passando pelo Rio, heim? E todas as piadinhas infames por conta disso... e a Ednanci segurando a tocha, heim? Que dominguinho muquirana...



   12.6.04  
Acabei de assitir o filme sobre Frida Khalo e para poupar palavras (não sei o que me faz insistir por falar)me aproveito da máxima que diz:

Uma imagem vale mais do que mil palavras.

(essa pintura/cena foi a que mais me impressionou)




 
Protesto pacífico

E como diz Débora Secco no comercial dos celulares Vivo:

"Um ano, quem namora um ano?! Quem?!"





   7.6.04  


Fernanda Montenegro em:
O outro lado da rua
(essa cena me lembra as pinturas de Hopper)


Ela consegue abortar um assalto a uma velhinha e sai do banco indignada com isso. Tenta falar com as pessoas na rua: "o cara entrou no banco armado, tentou assaltar a senhora, ele ia roubá-la..." ela repete isso desesperadamente e ninguém a ouve, ninguém pára, ninguém presta atenção. Ela pega o seu celular, liga para alguém e conta a história. Na cena seguinte mostra a casa dela, a secretária eletrônica gravando a sua própria voz contando a história para ninguém. O único morador da casa, além dela, é o seu cachorro, que deitado em uma almofada, permanece, logicamente, impassível. Ela está no meio da Nossa Senhora de Copacabana: ônibus, carros, pessoas em grande quantidade e movimento. Ela desliga o celular, depois de contar indignada para si mesma a história que acabou de acontecer. Ela pensa alto: "estou ficando maluca...".

As pessoas no cinema riem. AS PESSOAS NO CINEMA RIEM. Riem do que? Da solidão? Da impossibilidade de comunicação das pessoas que vão e vem, vão e vem, em um ritmo frenético que não para nunca? Do cachorro ouvindo a mensagem? Dela, em um momento lúcido, pensar que estar ficando maluca? Do que as pessoas riem? Como as pessoas riem de uma cena extremamente triste, que toca a alma? Como?






   6.6.04  
"e a gente sempre lembra tudo na hora mais errada. mas a tesoura já passou..."

E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou e agora José? E agora, Joaquim? E agora, você? Você que é sem nome,que zomba dos outros você que faz versos, que ama, protesta? E agora, José? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou. E agora, José? E agora, José? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio - e agora? Com a chave na mão, quer abrir a porta, não existe porta, quer morrer no mar, mas o mar secou, quer ir para Minas, Minas não há mais! José, e agora? Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... Mas você não morre, você é duro, José! Sozinho no escuro qual bicho do mato, tem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você segue, José! José, para onde?

Carlos Drummond de Andrade





   3.6.04  
Estou longe de ser uma Poliana, mas às vezes (muito às vezes) eu tenho uma tendência de achar tudo lindo maravilhoso (o contrário também me é verdadeiro). Então, os saldos positivos do início das minhas férias foram:

Terminei "As cidades invisíveis" de Ítalo Calvino (esse eu nem conto muito como sendo parte das férias, já que terminei me inspirando nele para escrever a conclusão da minha dissertação)

"Em Cloé, cidade grande, as pessoas que passam pelas ruas não se reconhecem. Quando vêem, imaginam mil coisas a respeito umas das outras, os encontros que poderiam ocorrer entre elas, as conversas, as surpresas, as carícias, as mordidas. Mas ninguém se cumprimenta, os olhares se cruzam por um segundo e depois se desviam, procuram outros olhares, não se fixam".
Ítalo Calvino



Terminei de ler "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley (eu sempre tive vontade de ler algum livro deste autor, pois depois de ver e rever alguns documentários sobre o The Doors, descobri que o Jim Morrison havia se inspirado em um livro dele "As portas da percepção" para criar seus poemas e músicas. Em tempo, Aldous Hurley se inspirou nos versos do poeta inglês Willina Blake (1757-1827), poeta e gravador - ele mesmo produzia os livros e as ilustrações.Com um grande senso religioso, Willian Blake escreveu em um dos seus poemas, intitulado "The Marriage of Heaven and Hell", a então famosa frase: "If the doors of perception were cleansed every thing would appear to man as it is, infinite")


"A volta a civilização era, para ela, a volta ao soma; era a possibilidade de ficar na cama e ter fugas sobre fugas, sem delas voltar com dor de cabeça ou vômitos; sem ter de sentir o que sempre sentia depois de tomar peyotl - a sensação de ter feito algo tão vergonhosamente anti-social que não poderia mais andar de cabeça erguida. O soma não trazia nenhum dessas conseqüências desagradáveis. Proporcionava o esquecimento perfeito."
Aldous Huxley




Li os contos do livro "Secreções, excreções e desatinos" de Rubens Fonseca (nunca havia lido nada dele)

"Ouvi dizer que há pessoas que riem para mostrar seus belos dentes e outras que choram para mostrar que têm bom coração. Em todas as minhas fotos, M. está rindo, mas não como certas grã-finas nas colunas sociais. essas peruas sempre aparecem com os dentes à mostra, mas nunca estão realmente rindo, estão olhando para lente da máquina, pensando no que as amigas vão dizer quando virem sua foto publicada, fingindo que riem, e quando o fotógrafo se afasta, elas mostram um rosto acabrunhado, às vezes aflito. já andei nas festas e sei o que estou dizendo. Os que riem de verdade, como os que estão apaixonados, não têm a menor noção do que acontece em torno deles, não vêem nada em volta. Um fotógrafo tirando fotografias, por exemplo. Rir é bom, mas pode foder a vida de uma pessoa."
Rubens Fonseca



Almocei no Bar Luiz, com a Paula. Paula é uma amiga minha que tem a mão quase do tamanho da mão do David do Michael Ângelo, e gosta de entrar em farmácias, papelarias e casa de ferramentas, só para ver as novidades. E, assim como eu, ama o bolo de carne do Bar Luiz.





   1.6.04  
Não aguentei aquela pasmaceira de aulinha de hidroginástica e hoje resolvi fazer a aula de natação. Nadei 1km. Não é nenhuma travessia do Canal da Mancha, mas deu pra me cansar. Aos poucos, aos poucos...


 
"Sem esperança não surge o inesperado." Murilo Mendes

(confesso que roubei esse post)