Maria Fernanda
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   31.1.08  
Após um ano vivendo em (no!) Recife fiz minha primeira incursão ao cinema sozinha.

Era um hábito meu no Rio de Janeiro, ir ao cinema, tendo ou não companhia. Mas como aqui tudo é mais dificultoso; como aqui essa coisa de pegar um ônibus e se perder pela cidade não é uma prática comum; como aqui todos parecem andar em par, dentro de carros; como aqui só tem cinema de shopping (e eu ODEIO shopping e ODEIO MAIS e MAIS cinema de shopping), eu relutava.

Aí tem um mini shopping pertinho da minha casa que eu vou a pé. Aí que esse cinema só passava filme infantil ou aquelas baboseiras americanas. Aí eu estava muito a toa um sábado a noite desses. Aí eu tinha pego o jornal e visto a programação. Aí, pra minha surpresa, eu vi que “Meu nome não é Johnny” estava passando lá. Aí eu fiquei pensando e pensando e acabei criando coragem e fui.
A sessão não estava cheia. Graças a deus! Eu era a única pessoa sozinha (loser!). Eu fui a única que saiu a pé do cinema (indignação!!!), pela garagem, porque depois das dez da noite só a garagem funciona.

Eu não sei se fui a única a chorar no filme, mas chorei.
Eu amei o filme. Amei a interpretação do Selton Mello. O sofrimento da Julia Lemmertz. O olhar da Cássia Kiss e os chiliques da Cléo Pires. Eu achei o filme humano, bem feito, na medida, simples e perfeito. Eu acho que todo mundo tem que assistir.

E foda-se Recife com sua lógica de cidade provinciana e burguesa, eu quero mais é viver em paz...e ver meus filminhos.



   10.1.08  
Tem blog ainda por aqui?
Tem, né?

Estive no Rio esse final de ano.
Eu fico tão deslumbrada por lá.
Esqueci até de continuar o post sobre Manaus.

Perdi o time...
Mas de volta a Recife tudo muda.

Mas quando essa terra daqui me angustía, com todas as "faltas" que eu sinto eu penso em Manaus... e concluo: podia ser pior...

Como disse uma carioca, moradora há 13 anos em Manaus:
O Brasil todo é ruim, mas aqui é um pouco pior.